A bebida alcoólica é a droga psicoativa mais utilizada pela humanidade. Além de ser uma substância lícita, ela também é considerada um "lubrificante social" e seu uso é culturalmente incentivado e associado a celebrações, comemorações, socialização e relaxamento.
No entanto, muitas pessoas sofrem os efeitos nocivos dessa substância, como, por exemplo:
Desenvolvem compulsão por beber (ingestão do tipo "binge", em que uma grande quantidade é consumida em um curto período de tempo, com dificuldade em parar);
Apresentam alterações comportamentais que acarretam inúmeros prejuízos (nos relacionamentos, finanças) e/ou se colocam em situações de risco;
Desenvolvem dependência química (não conseguem parar de beber, apesar dos danos causados pelo consumo, e sofrem sintomas de abstinência quando tentam interromper o uso);
Colocam sua saúde em risco (o álcool interfere no tratamento de transtornos mentais, aumenta o risco de descompensações metabólicas e cardíacas, entre outros problemas).
Em resumo, o uso nocivo do álcool está associado a diversas doenças e agravos, sendo responsável pela morte de milhares de pessoas anualmente.
Porém, muitas pessoas que estão em tratamento para alcoolismo ou que decidiram cessar completamente o consumo de álcool enfrentam o chamado "sober shaming", ou vergonha da sobriedade.
Essa vergonha pode ocorrer de maneira sutil, quando alguém pergunta “por que você não vai beber?”, ou de forma mais direta, quando a pessoa é acusada de ser "chata" por não beber, por exemplo. Essa pressão é ainda mais intensa sobre os homens.
Durante o período das festas de fim de ano, a estigmatização da sobriedade tende a se manifestar ainda mais fortemente.
É fundamental que a sociedade compreenda os malefícios do consumo de álcool e respeite aqueles que, por tratamento médico ou por decisão pessoal, escolhem manter a sobriedade.
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